O terreno situa-se fora da área consolidada da cidade inserido em uma nova frente de expansão da mancha urbana sentido nordeste. O perfil natural do terreno foi alterado pelos trabalhos de terraplanagem do loteamento. O que era uma encosta que progredia em direção ao leito do rio descortinando-se para os campos de cada da margem oposta tornou-se um platô. Esse foi o pretexto para organizar a implantação da casa em uma única cota movimentando assim o menor volume de terra.
No entorno imediato encontram-se as edificações históricas do bairro Monte Alegre. É um conjunto arquitetônico remanescente do final do século XIX/início século XX composto por: uma antiga usina de cana; a igreja de São Pedro (que abriga uma obra de Alfredo Volpi); o Grupo Escolar Marques do Monte Alegre e a Vila Heloisa.
O lote possui 16.50m de frente por 31.00 m de fundo. A casa desenvolve-se em dois volumes sobrepostos: o primeiro, um pavilhão linear, abriga cozinha, dependências de serviço, uma sequência de salas e escritório; o segundo, paralelo à rua, concentra as áreas íntimas. A disposição dos volumes desenha os limites de um jardim.
Dormitórios e ambientes de estar se organizam entorno desse vazio central que permeia os espaços da casa e cumpre função de transição entre a residência e seus vizinhos.
A opção por uma estrutura metálica surgiu como estratégia para garantir precisão e rapidez na execução. A área construída total da residência é de 325m².